Vale do Norte, quinto mês de 1850.
Cara Leitora, Caro Leitor:
O romance FILHAS DE GAIA retrata uma sociedade utópica (= mais próxima do ideal de sociedade livre e inclusiva) em um vale banhado pelo Mar Borealis.
Nessa sociedade, as pessoas vivem em relativa harmonia com a natureza e entre si. A produção de alimentos, por exemplo, é feita em estufas no fundo do terreno de cada casa.
A alimentação é natural; a educação está disponível para todas; a noção de hierarquia praticamente inexiste, mesmo quando se trata das Sábias do Conselho.
E isso fica muito claro na posição das suas membras: não admitem tratamento diferenciado como ‘senhora’, por exemplo. Do ponto de vista delas e das habitantes do vale, ninguém é mais ou menos importante do que ninguém.
O cuidado com a linguagem, verdadeiro espelho da realidade ao mesmo tempo que perpetua ideias boas ou ruins sobre as pessoas, se mostra também no cultivo da poesia.
Temos uma personagem muito especial que se dedica a escrever poemas para sua amiga, Pérspica. Trata-se de Abel, um jovem que deixou a família por não se ver em conformidade com a formação cientificista de sua mãe e irmãs, para viver entre os rebeldes na floresta.
O nome Abel vem do hebraico e, entre seus significados, estão as ideias de vaidade e sopro: a personagem não carrega o primeiro sentido em sua personalidade, pois é extremamente simples em seu modo de vida. Do segundo, ‘sopro’, no sentido de ‘sopro de vida’, ele fez a razão de seus dias e de seus poemas.
“A poesia canta a alma da vida” diria sua amiga, fonte de inspiração de nosso poeta. A poesia capta as emoções e as transforma em palavras consideradas o centro da língua, porque em um poema nenhuma palavra está a mais – cada uma delas carrega em si inúmeros sentidos e costuma tocar fundo nos corações.
Uma frase que Abel gosta muito de dizer: “Amor nem sempre rima com dor.” E essa frase, eu diria, resume toda a filosofia de vida dessa personagem, ou seja, para ele, amar é algo simples, natural, parte da vida. É quase como respirar.
Acompanhe a trajetória de Abel e se encante pela ideia de como a poesia pode transformar a nossa vida.
Hélia Skipas
Conselho de Sábias
Vale do Norte.
O romance FILHAS DE GAIA foi lançado em São Paulo, dia 21 de junho, 15h, na Praça Charles Miller.
Você pode adquiri-lo também no site: https://loja.editorapolifonia.com.br/produtos/filhas-de-gaia/