Resenha: o autômato Gérard (lê-se ‘Jerrar’) – Mais uma personagem fascinante no Filhas de Gaia

Vale do Norte, sexto mês do ano de 1850

Cara Leitora, Caro Leitor:

No próximo dia 21, às 15h, na Feira do Livro 2025 de São Paulo, será lançado o romance FILHAS DE GAIA. 

Anote o endereço: estande 53 da Livraria Patuscada, na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu. No Planeta Terra mesmo.

Haverá uma sessão de autógrafos com a autora, além de toda a Feira e apresentações de gente muito interessante. Venha conferir!

Sobre nossa personagem especial: no Vale do Norte, assim como em outras partes de Gaia, existe uma espécie de lenda contada de mãe para filha sobre um autômato, o último do grupo que chegou para adaptar o planeta centenas de anos antes. 

Aparentemente, ele se perdeu em sua última incursão no Mar Boreális quando estudava espécimes e espalhava por onde passasse as cianobactérias e as algas, as quais produziriam oxigênio suficiente para que pessoas pudessem viver em uma atmosfera mais adaptada às suas necessidades.

Esse autômato se chamava Gérard e era o chefe da expedição de autômatas – máquinas com a forma de pessoas que receberam, ainda no Planeta Original, o implante das mentes de inúmeros cientistas renomados. Eram robôs com consciência humana.

De acordo com a lenda, quando águas, mares e terras estivessem minimamente adaptadas, cada autômata teria seu corpo orgânico impresso por uma bioimpressora, e sua mente seria transferida da máquina para esse corpo.

Gérard foi o único que não passou por esse processo.

E as habitantes do vale esperam que ele retorne de alguma forma. Quero dizer, algumas esperam. Outras duvidam de sua existência. Afinal, passaram-se séculos desde seu desaparecimento.

Mas será que é possível transferir a mente de uma pessoa para um corpo biônico? Se sim, ela conseguiria manter a consciência e a identidade de seu dono como um ser humano?

Muito se discute nos meios científicos sobre essa ideia. Alguns cientistas defendem que o escaneamento por ressonância magnética, cuja tecnologia estaria muito além da que existe hoje, poderia reproduzir a mente de uma pessoa e transferi-la para um computador ou mesmo para um corpo mecânico.

Se em Gaia isso aconteceu centenas de anos antes, só podemos chegar a uma conclusão: trata-se de uma civilização que habita algum ponto do futuro distante.

Mas o que é o Tempo senão uma sucessão de fatos? O que é o Tempo diante dos mistérios do universo, como os buracos de minhoca que interligam cantos longínquos do universo; ou os hologramas quânticos, pontos que anulam distâncias e a ideia de passagem do tempo?

Claro, estamos falando de muita teoria e pouca ou nenhuma prova.

Mas se alguém pode conceber essas teorias, como provou inúmeras vezes a História, talvez seja possível que esses hologramas quânticos realmente existam e que um dia possamos anular a linha do tempo e conhecer civilizações tanto do passado quanto do futuro.

Talvez até um livro seja… uma espécie de holograma quântico.

Hélia Skipas
Conselho das Sabias
Vale do Norte, GAIA

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